Desde o início da mais recente crise financeira: quantas pessoas você conhece que saíram do país? Se parar para dar uma olhada na sua lista de amigos do Facebook, vai encontrar muitas delas. E você? Se ainda está ponderando a ideia e quer ficar por perto, pode começar estudando qual seria o melhor país da América do Sul para morar e quem sabe ali refazer a sua vida longe do que não te satisfaz.
Estes são os 7 melhores países para morar em 2017
O melhor país da América do Sul para morar
Geralmente quem sai do Brasil mira alto, e tem como foco viver em países de primeiro mundo, onde teoricamente se oferecem melhores índices em qualidade de vida e demais fatores. Entretanto, são poucos os que direcionam seus planos a nossos vizinhos do Mercosul, sendo que alguns destacam-se em fatores como ser o menos corrupto de todo o subcontinente. Com base em vantagens que o levariam a deixar o Brasil, qual seria então o melhor país da América do Sul para morar? Tem algum palpite?
Argentina? Uruguai? Não. Eles também estão entre os melhores, mas não encabeçaram o ranking quando o assunto é trabalho e qualidade de vida. Nesses termos, utilizamos do ranking mundial da Mercer e também da pesquisa entre expatriados pelo HSBC para chegar à conclusão que o Chile seria o melhor país da América do Sul para morar. A nível global, o Chile alcançou o 41º lugar no levantamento pelo HSBC e o 95º pela Mercer, destacando a capital Santiago. Quer mais um motivo para se mudar para o Chile? Ele é o país menos corrupto da América Latina.
A seguir, confira algumas posições do ranking HSBC, que avaliou ao todo 45 países – com o Brasil em último lugar.
Economia
- Segurança no emprego: 32º lugar
- Harmonia entre vida pessoal e trabalho: 37º lugar
- Progressão na carreira: 19º lugar
- Política: 13º lugar
- Empreendedorismo: 7º lugar
- Confiabilidade econômica: 25º lugar
- Poupança: 33º lugar
- Aumento salarial: 30º lugar
- Renda disponível: 36º lugar
Experiência dos Expatriados
- Patrimônios: 31º lugar
- Sistema de Saúde: 41º lugar
- Finanças: 44º lugar
- Segurança: 31º lugar
- Integração: 28º lugar
- Facilidade em fazer amigos: 38º lugar
- Cultura: 31º lugar
- Saúde: 41º lugar
- Qualidade de vida: 34º lugar
Família
- Tolerância: 43º lugar
- Vida Social: 28º lugar
- Proximidade com o parceiro: 17º lugar
- Qualidade do ensino: 42º lugar
- Qualidade do cuidado com crianças: 44º lugar
- Custo total com crianças: 29º lugar
- Qualidade de vida: 40º lugar
- Saúde: 39º lugar
- Integração: 25º lugar
Em adição aos resultados apresentados, sua capital Santiago já esteve classificada pela revista Fast Company como a cidade mais inteligente de toda a América Latina, o que contou pontos em inovação, limpeza e eficiência. Pouco menor que a cidade do Rio de Janeiro, ela também apresenta a maior malha metroviária da América do Sul.
Mesmo com todas as exaltações que citamos, estamos falando de um país menor e em desenvolvimento, portanto espera-se ainda que o custo de vida seja relativamente menor do que já temos por aqui. De acordo com o portal Numbeo, itens de consumo, incluindo gastos com aluguel são 1,91% mais baratos no Chile que no Brasil. Isolando o preço das rendas, o Brasil leva a melhor, com preços cerca de 3,54% menores que nas cidades chilenas.
Gastos para comer em restaurantes são 7,83% menores também no Brasil, entretanto o poder de compra daqueles que vivem no Chile é 26,78% maior que o dos brasileiros. Em termos de empregabilidade, nosso vizinho também fica com os louros, já que o país se encontra com uma taxa de 6,6% de desemprego.
Mas então vale a pena morar no Chile? Depende. Se você está procurando por grandes oportunidades de emprego, vá com calma. Uma vez que o país inteiro que pouco menos que a população de São Paulo, as chances são proporcionalmente menores. Agora, se o seu objetivo é ter mais qualidade de vida e sair do Brasil sem se afastar tanto assim, territorialmente dizendo, pode estar no caminho certo.
Outro ponto a ser avaliado com cuidado é o fato de o país estar situado à beira de uma placa tectônica, o que acaba resultando em terremotos e demais fenômenos decorrentes dessa características. As construções são erguidas de forma a suportar os abalos, e também há preparo de seus cidadãos para que saibam agir quando algo acontece.
Vale a pena abandonar a carreira no Brasil e começar do zero no exterior?
E por que não o Uruguai?
Combinando ambas as pesquisas consideradas, o Chile acaba levando a melhor – mas nem tanto assim, se comparado ao resultado obtido pelo Uruguai. Diante do levantamento da Mercer, a cidade de Montevidéu ficou em primeiro lugar dentre toda a América do Sul, alcançando o 79º lugar (16 posições acima de Santiago).
Com uma taxa de desemprego em aproximados 7% e costumes muito semelhantes aos nossos, morar e trabalhar no Uruguai pode ser tentador para quem está em busca de um destino. Principalmente devido ao acordo firmado entre Brasil e Uruguai ainda neste mês de julho de 2017. Nele, estabelece-se que todo brasileiro tem o direito de morar no país vizinho sem a necessidade de visto. Para residir permanentemente, basta apresentar junto à representação consular brasileira um documento de identidade e certidão negativa de antecedentes criminais.
Outra vantagem do país se vê com relação à cultura. Principalmente para os que vivem ao Sul do Brasil, a familiaridade é grande, já que estão entre os hábitos uruguaios o consumo de mate (semelhante ao chimarrão) e abusar do churrasco, já que o país é um grande produtor e exportador de carne. O custo de vida na capital é equivalente a São Paulo, mas tendo um bom espanhol é possível conseguir o emprego ideal para viver por lá.