Carros de motor flex se diferenciam dos veículos monocombustível não só por aceitar gasolina e etanol. Em relação aos cuidados que exigem, sua manutenção depende de revisões e de certos procedimentos que devem ser observados pelo motorista.
Os principais deles, como seria de imaginar, dizem respeito ao combustível que entra nos tanques. Diz-se no plural, porque todo carro flex é equipado com um tanque de partida a frio, além do tanque que abastece o motor.
Para saber mais sobre os cuidados a serem tomados com carros de motor flex, acompanhe o artigo. No final da leitura, você saberá o que pode e que não pode fazer, em se tratando de modelos bicombustíveis.
Carros flex mais econômicos do Brasil
Carros de motor flex têm tanque de partida a frio
A presença do tanque de partida a frio é uma das principais diferenças entre carros de motor flex e os que são abastecidos só a gasolina. Esse tanque é responsável por fazer o motor pegar assim que o motorista dá a ignição no veículo. Deve ser abastecido somente a gasolina, de preferência aditivada.
Outro cuidado a ser observado é que essa gasolina não pode permanecer tempo demais no tanque de partida a frio. Gasolina velha, nesse reservatório, significa menos poder calorífico. Portanto, aumentam as chances de ter problemas na hora de ligar o motor. Consulte o manual do proprietário, para saber com que frequência você deve renovar o abastecimento.
Deixe o motor rodar quando trocar o combustível
Há quem diga que um motor flex pode viciar quando apenas um combustível é utilizado. Embora isso não seja tecnicamente comprovado, o fato é que, após a troca, o ideal é rodar, pelo menos, cerca de 8 quilômetros com o novo combustível, não importa qual seja.
Caso você venha a trocar o combustível e parar o carro em seguida, pode ser que, ao ligar, o módulo não reconheça o que está sendo injetado. Portanto, ao passar de etanol para gasolina, e vice-versa, deixe o sensor reconhecer o que está sendo consumido. Assim, você estará dando tempo para o módulo fazer os ajustes necessários.
Abasteça sempre em postos comprovadamente sérios
Embora seja uma recomendação válida também para carros movidos apenas a gasolina ou só etanol, abastecer carros de motor flex com combustível adulterado é um grande risco. Ambos os combustíveis geram resíduos tóxicos e que destroem o motor por dentro quando estão misturados a algum tipo de solvente. No caso da gasolina, o problema é até pior. É comum haver mistura de reagentes químicos extremamente corrosivos em gasolina batizada.
Portanto, continua valendo a velha e boa recomendação. Ao abastecer, prefira postos com bandeiras conhecidas, onde você já tenha abastecido antes ou que tenham boas referências.
Evite circular com o tanque na reserva
Um vício que ainda persiste em alguns motoristas é o de rodar com tanque na reserva. Uma parte desses condutores faz isso por achar que está garantindo o consumo do combustível por completo. Outros já deixam de abastecer por puro desleixo, apenas por esquecimento.
Independentemente do motivo, deixar o tanque de combustível na reserva, em carros flex, é um hábito potencialmente perigoso.
Tanques vazios podem se tornar reservatórios de impurezas de combustíveis, que são carreadas motor adentro quando o carro está funcionando. Conforme o tempo passa, essas impurezas se acumulam em diversas partes do motor, comprometendo seriamente seu funcionamento.
Os problemas em decorrência desse vício são diversos e imprevisíveis. Em último caso, pode até fazer com que o motor precise passar por uma retífica completa. Ou seja, é o típico barato que cobra um preço muito alto.
Portanto, de um modo geral, os procedimentos e cuidados em relação a um motor flex são parecidos com aqueles necessários em carros monocombustível. A atenção recai, principalmente, na procedência do combustível utilizado. Da mesma forma, a manutenção de componentes exclusivos, como o sensor lambda e o módulo de injeção deve ser seguida à risca.