Diante da tentativa de mudar de carreira ou buscar por qualificações que estejam em alta no mercado, é comum encontrar jovens e mesmo profissionais mais experientes nesta competição. No entanto, o anseio por mudanças e melhores remunerações posem representar um risco caso o profissional não esteja atento e acaba se inserindo em áreas de trabalho mais saturadas; cair em alguma delas pode colocar o profissional em grandes dificuldades, ainda mais em um momento de transição ou início de carreira.
Este cenário ainda pode se agravar com a crise econômica, pois alguns setores do mercado são mais afetados que outros, principalmente os que possuem relação direta com o fluxo financeiro ou a estabilidade econômica da população.
Quais são as áreas de trabalho mais saturadas no Brasil?
Seja por um desaquecimento na economia ou o excesso de profissionais, existem atualmente alguns cargos e áreas de trabalho mais saturadas, o que acontece geralmente pela falta de procura de determinado profissional ou pelo excesso de oferta do mesmo, tornando a competitividade alta demais.
Ter experiências em áreas de trabalho diferentes no currículo te prejudica ou ajuda?
A seguir, encontram-se algumas carreiras e áreas de atuação desaconselháveis aos que estão prestes a ingressar no mercado, ou mudar de profissão. Os cargos selecionados foram apontados por diversas empresas de gestão de carreira e processos de seleção.
Gi Group
A primeira empresa consultada foi a Gi Group e, segundo ela, as profissões que mais estão em baixa são: Auxiliar e Agente de Atendimento, Caixa e Operador de Caixa, Vendedor e Gerente de Loja.
Como justificativa, a Gi Group afirma que tais profissões sofrem um impacto direto das condições da economia, já que os setores de vendas a varejo ficam desaquecidos com o baixo consumo. A empresa aponta que no último ano, mesmo em datas importantes como o dia das mães, ela não recebeu pedidos de novas contratações.
Grupo Hays
O Grupo Hays aponta baixas em cargos como: Gerente de Engenharia para novos projetos; Planejamento Financeiro e Estratégico; posições comerciais e Marketing no mercado de construção civil, óleo e gás; Logística fabril interna; e Comércio Exterior.
Segundo a empresa, os motivos são variados, mas a situação econômica do país acaba impactando em todos os cargos, mesmo que de maneiras diferentes. Devido à crise financeira, novos projetos acabam sendo cancelados e não saem do papel. O mesmo acontece diante dos investimentos em estratégias internas para controle de contas, fazendo com que as empresas tirem o foco de planejamentos no mercado; já o mercado retraído e o cenário político, por sua vez, apresentam menores investimentos em publicidade e desaceleram a produção industrial.
Outro grande agravante para a escassez e saturação destes profissionais é a grande volatilidade cambial, responsável pelo receio em transações internacionais.
Gouvêa de Souza
Os setores mais afetados e com menor recrutamento do último ano segundo a empresa foram: Desenvolvedor Web, Analista de Mídia Social, Agente de Turismo, Corretor de Imóveis e Analista de Investimentos.
Alguns fatores apresentados como responsáveis pelas quedas são, respectivamente, a maior procura por desenvolvedores para sistemas móveis como tablets e smartphones; uma oferta maior que a demanda do mercado em profissionais de mídias sociais; a introdução de sites especializados em viagens; saturação de profissionais do mercado imobiliário, com o adicional da queda no poder aquisitivo.
Michael Page, RED e Randstand
Outras empresas como a Randstand, RED e Michael Page ainda citam ocupações como o Trade Marketing, Engenheiro de Vendas, Vendedor Técnico e Key Account Manager, Gerente de Expansão, Gerente de Projetos e Infraestrutura, Gestor de Ativos, Gerente de Engenharias, Analista de Treinamento e Desenvolvimento e Engenharia Civil como as áreas de trabalho mais saturadas.
Os motivos são muitos para que isso ocorra. Com o mercado pouco favorável, as empresas procuram criar uma estrutura sinérgica, como nos setores de merchandising, vendas e marketing, assim reduzindo ou eliminando a atuação de alguns profissionais.
Posições industriais, entretanto, são algumas das que mais sofrem com crises econômicas, pois com a queda no poder do consumidor a indústria desacelera, cortando gastos e cargos. O mesmo acontece em áreas de gerenciamento de investimentos, que antes eram aplicados em expansão e agora são destinados a manutenção interna.
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